A Caixa Econômica Federal lançou um programa de renegociação de financiamento de imóveis em atraso e reduziu as taxas de juros para novos contratos de financiamentos de casa própria.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o programa de renegociação de créditos habitacionais ficará em vigor por tempo indeterminado. De acordo com ele, o banco tem 589 mil contratos com prestações em atraso e a soma desses pagamentos resultam em R$ 10,1 bilhões.
As formas de renegociação variam conforme o valor, as garantias e a quantidade de prestações. Para a maioria, será oferecida a possibilidade de pagamento da prestação mais antiga atualizada e a incorporação das demais ao saldo devedor. Tomadores com atraso superior a 180 dias poderão ser isentos de multas e juros de mora se uma prestação de entrada for quitada. O devedor poderá alterar a data de vencimento das parcelas.
De acordo com Guimarães, com a volta dos pagamentos, a Caixa pode ter um ganho de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão já no primeiro ano.
Redução das taxas
Os novos contratos seguirão à Taxa Referencial (TR), mas as taxas máximas abaixaram de 11% para 9,75% ao ano. Já as mínimas foram reduzidas de 8,75% para 8,5% ao ano.
Os novos valores valem para operações que utilizam os recursos da caderneta de poupança (SBPE), englobando o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), para imóveis de até R$ 1,5 milhão e também o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com valores acima deste. As taxas de ambos os sistemas foram igualadas.
Após o anúncio da nova rodada de redução, nenhum outro banco tinha previsão de rever suas taxas. No Santander, a mínima está em 8,99%. No Bradesco, 8,85%. Já o Banco do Brasil, a partir de 8,49%. O Itaú, a partir de 8,3%.
Fonte: Valor Econômico