Na terça-feira, 20, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou a nova modalidade de financiamento imobiliário, com juro a partir de 2,95% e 4,95% ao ano, mais inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A nova modalidade já passará a valer a partir de segunda-feira, 26 de agosto, mas apenas para contratos novos.
O financiamento poderá ser usado para até 80% do valor do imóvel (novo ou usado), com prazo de 360 meses, com o valor de cada prestação sendo corrigido mês a mês.
“O crédito imobiliário tem uma participação pequena, de 10%, no Brasil. Se olhar bancos na Europa e Estados Unidos, essa participação é superior a 50%. Temos crédito baseado na TR (Taxa Referencial). O que anunciamos hoje é uma segunda linha”, disse Guimarães.
Como sinalização das mudanças que estavam prestes a ocorrer, na sexta-feira, 16, o governo federal havia autorizado o uso do índice de inflação para reajustar as prestações do financiamento da casa própria.
Modelo antigo e modelo novo
Atualmente, os contratos são corrigidos pela Taxa Referencial (TR). A Caixa cobra juros entre 8,5% e 9,75% ao ano mais TR nas suas principais linhas de crédito imobiliário, para compra de imóveis novos ou usados. Essas taxas não são válidas para o Minha Casa, Minha Vida, que cobra juros mais baixos. Como a TR é igual a zero desde 2017 devido à queda da taxa Selic, na prática os juros do financiamento imobiliário ficam limitados à taxa prefixada pela Caixa.
Mas o interessado ainda poderá escolher entre o modelo atual, que cobra juros entre 8,5% e 9,75% ao ano mais TR, e o novo modelo, com juros entre 2,95% e 4,95% ao ano mais IPCA.
Fonte: Uol Econômia e Infomoney