A Escola Politécnica (Poli) da USP está estruturando novo curso, inédito no Brasil, de Engenharia da Complexidade, que tem o objetivo de formar o engenheiro do futuro, um profissional capaz de propor soluções em ambientes de alta complexidade.
De acordo com apresentação realizada pela Poli, não há previsão de início, mas a ideia é que o curso seja realizado no campus de Santos, litoral de São Paulo, com turmas anuais. Além disso, terá metodologia ensino/aprendizagem por projetos, que usa prática corrente da ciência e da engenharia para enxergar sistemas e suas partes separadamente.
Para explicar o trabalho de um engenheiro de complexidade, a Poli usou como exemplo a construção de um túnel ou viaduto em que fosse levado em conta o impacto da obra de maneira ampla, que englobasse tanto a economia, quanto o ambiente urbano e a população.
Assim, “integração” é a palavra-chave da engenharia de complexidade. Integração de conhecimentos de outras áreas da engenharia e da ciência para soluções que deem conta dos mais diversos aspectos do problema.
De acordo com o professor Laerte Idal Sznelwar, do departamento de Engenharia de Produção da Poli e coordenador do grupo que estrutura o novo curso, a proposta não é substituir outras habilitações da engenharia, mas somar.
A engenharia da complexidade já é tema de pesquisa universidades no Canadá, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos e Japão.